sábado, 2 de junho de 2012

O vinho e a mitologia


Como sabem sou apaixonada por vinho mas ainda sou uma mera apreciadora e não conhecedora. Mas por me interessar bastante pelo assunto, vivo pesquisando e lendo tudo a respeito.

Gostaria de dividir com vocês um texto sobre a origem do vinho e a mitologia.

" Na Antiguidade, o homem não tinha pleno conhecimento das leis que regem o universo. Sempre que não encontrava explicação para determinados fenômenos, como a origem da Terra, da luz e da vida, inventava histórias que, com o passar dos anos, iam sendo aceitas como narrativas fieis de acontecimentos reais: os mitos.

Para a mitologia da Roma antiga, Baco era o mais jovem dos deuses e também o que maior influência tinha sobre as artes, a poesia e a religião. Segundo a lenda, Baco era filho de Júpiter e de Sémele, princesa tebana, protetora das vindimas. Quando Juno (deusa do matrimônio e esposa de Júpiter) soube da gravidez de Sémele, resolveu eliminá-la. Transformou-se então numa velha e, após conquistar a confiança da rival, aconselhou-a a exigir que Júpiter se apresentasse diante dela em toda sua pompa e glória. O deus Sol atendeu à amante, surgindo em seu carro ardente em meio a raios e relâmpagos, fulminando Sémele.

O prematuro Baco foi salvo pelo pai, que o manteve costurado à coxa até que a gestação se completasse. O menino foi criado por tios, Ino e Atamante, rei de Orcômenos, para fugir da ira de Juno. Em vão. Apesar de tentarem enganá-la vestindo Baco como uma menina, a deusa descobriu o logro e enlouqueceu o casal.

Júpiter então confiou Baco aos cuidados das híades, das hora e das ninfas da região de Nisa, que hoje corresponderia ao território do Iraque, do Irã ... Lá, Baco colheu alguns cachos de uva, espremeu-os e bebeu o suco conseguido, juntamente com sua corte.

Adulto, Baco percorreu o mundo com um séquito de bacantes, sátiros e silenos, difundindo o vinho. Conquistou a Índia com um exército de mulheres e homens que, em vez de armas, empunhavam bastões enramados com videiras. No Egito ensinou a edificar, a cultivar a videira e a elaborar o vinho. Na Frígia deu ao rei Midas o pode de transformar em outro tudo o que tocasse e, em Delos, concedeu às filhas do rei Ânio o dom de converter água em vinho. Em Atenas, as festas de Baco, as dionisíacas, eram celebradas oficialmente e com grande pompa. Já em Roma, essas festas eram licenciosas e chamadas de bacanais. Baco passou à mitologia como  a divindade do vinho e dos prazeres".

Fonte: As uvas e os vinhos de Ernesto Cataluña

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